A Lisboa 20 surgiu como um projecto pioneiro na medida em que quando a galeria foi criada não possuía um espaço próprio onde realizar exposições. O projecto, iniciado por Miguel Nabinho, actual director da Lisboa 20 Arte Contemporânea, trabalhava em conjunto com os artistas por forma a encontrar o local de exposição mais adequado às obras que iam ser mostradas.
SA: Definem o vosso trabalho como um projecto pioneiro... O que entendem com esta definição? Podem-nos contar como nasceu esse espaço e quem o criou?
LS: A Lisboa 20 surgiu como um projecto pioneiro na medida em que quando a galeria foi criada não possuía um espaço próprio onde realizar exposições. O projecto, iniciado por Miguel Nabinho, actual director da Lisboa 20 Arte Contemporânea, trabalhava em conjunto com os artistas por forma a encontrar o local de exposição mais adequado às obras que iam ser mostradas. Assim, a galeria surgiu inicialmente como um conceito, uma ideia, e só depois, ao fim de 3 anos, é que se transformou num espaço físico real. Abrimos um espaço em Campo de Ourique (Rua Tenente Ferreira Durão nº 18-B) onde temos vindo a realizar exposições e onde temos o nosso acervo com obras de todos os artistas que representamos para comercializar.
SA: Podem-nos dar uma definição do vosso espaço expositivo?
MN: A Lisboa 20 é uma galeria comercial que representa um conjunto de artistas nacionais e internacionais com os quais trabalha de forma muito próxima, preparando exposições individuais que acontecem no nosso espaço. A ideia consiste em apresentar à audiência de Lisboa uma amostra relevante do que se está a produzir actualmente no campo da arte contemporãnea, tanto localmente, como no plano internacional. Paralelamente, também nos interessa a internacionalização dos artistas portugueses e, para isso, paerticipamos em feiras internacionais, onde um público especializado pode conhecer o trabalho dos artistas portugueses.
SA:Porquê consideram a galeria como um sujeito activo no âmbito e no contexto urbano, em que sentido exactamente?
MN: A Lisboa 20 está localizada num bairro histórico de Lisboa, onde outras galerias também se situam. Cria-se assim uma dinâmica onde as pessoas percorrem circuitos culturais que se criam pelas sinergias entre diversos espaços. Além disso, ao vender o trabalho dos artistas, proporcionamo-lhes um certo nível de autonomia financeira, factor indispensável para o seu sucesso profissional e para a médio longo prazo, o desenvolvimento de capital criativo, essencial para o desenvolvimento de Lisboa como cidade creativa.
SA: Como é a relação entre a vossa galeria e as instituições culturais portuguesas?
MN: é uma relação de muita próximidade. As instituições expõem os artistas que representamos (em participações em exposições colectivas ou organizando individuais), conferindo-lhes um grau de visibilidadae que só s grandes instituições conseguem. Nós, enquanto galeria, não conseguimos alcançar um público massificado como os Museus de arte Contemporânea, por exemplo.
Além disso, as instituições produzem e coleccionam o trabalho dos artistas, preservando-o para o futuro e permitindo que tanto as galerias como os artistas consigam desenvolver o seu trabalho de forma mais sustentada.
SA: Como se relaciona a galeria com as novas gerações?
MN: Os jovens artistas hoje serão os artistas consagrados do futuro. Nesse sentido temos que estar atentos ao que se passa no domínio mais emergente da produção artística contemporânea. Tentamos sempre que a nossa galeria represente, para além de artistas consagrados e de meia-carreira, artistas jovens ainda a darem os primeiros passos.
SA: A vossa linha de pesquisa, a vossa curadoria têm em conta um olhar sobre a Europa e para os intercâmbios transnacionais? Consideram importante a promoção dos artistas italianos no vosso país?
MN: A Europa interessa-nos na medida em que, como disse anteriormente, nos interessa mostrar artistas locais no exterior e ao mesmo tempo, mostrar artistas internacionais no nosso contexto local. São estes intercâmbios o que define a nossa abordagem de afirmação internacional.
SA: Acham interessante a interdisciplinariedade, a articulação com outros âmbitos como música contemporânea, dança, vídeo, artes visuais? Como age a galeria neste sentido?
MN: A galeria abraça a transdisciplinaridade. O programa geral é dedicado à arte contemporânea, mas organizamos eventos ligádos ao vídeo, à musica e à performance.
SA: Acham útil para o vosso trabalho uma rede de colaboração com outros sujeitos culturais como bibliotecas, livrarias, teatros?
MN: A colaboração entre agentes, tal como a transdisciplinaridade é uma característica do nosso tempo, por isso sim. Todas as colaborações com outras entidades são importantes para a nossa actividade.
SA: Como se relaciona a galeria com o espaço físico onde fica? Ou seja com a rua onde a galeria fica , como é a relação com as pessoas ou com as lojas que a rodeiam?
MN: A galeria insere-se num bairro histórico, de carácter essencialmente residencial. Assim sendo existem muitas lojas de bairro, típicas. Cafés e esplanadas. Existe sempre muita gente na rua. é um bairro muito simpático e no qual a galeria se insere.
SA: Qual foi a vossa última exposição?
MN: A última exposição que organizámos é uma individual de Ana Jotta, entitulada 21 "Artistes pour Demain. A ana Jotta é uma das artistas portuguesas mais importantes e representá-la exclusivamente é um grande privilégio. 21 Artistes pour Demain continua as suas investigações carregadas de humor e sátira, sobre a vida e a história da arte. Para além de pinturas a óleo, a exposição também inclui uma pintura sobre tela de projecção; melhor: uma pintura sobre aquelas telas antigas, com tripé, usadas noutros tempos para projectar slides.
SA: O que é o projecto LX 2.0?
MN: Ainda que apresentando-se como um conceito tradicional na área dos novos media, o LX 2.0 é um exercício único no panorama artístico nacional, propondo-se encomendar, disponibilizar e arquivar projectos online de artistas que têm vindo a desenvolver um trabalho bastante relevante na exploração da Internet como meio de expressão.
Para além da encomenda de peças de net arte, o seu conceito central, o LX 2.0 vai também, gradualmente, criar uma base de recursos, onde se poderão encontrar links para o trabalho de artistas, exposições, plataformas (sejam elas instituições especializadas ou generalistas, publicações, ou similares) e leituras, de forma a contextualizar e permitir uma fundamentação teórica deste tipo de práticas e do discurso que lhes está subjacente. Já encomendámos trabalhos a artistas como Santiago Ortiz, Young-Hae Chang Heavy Industries, Carlos Katastrofsky, André Sier and MTAA. The next commission will be by Italian collective Les Liens Invisibles
SA:Quais são os vossos projectos para o futuro?
MN: Continuar a desenvolver uma programação sólida e de qualidade e sermos cada vez melhores naquilo que fazemos. Continuarmos sempre a superar os nossos objectivos e superar as nossas próprias expectativas
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Lisboa 20
Nell’ambito della ricerca avviata dalla redazione arte di SuccoAcido sulle realtà culturali e gli spazi espositivi in Europa, abbiamo rivolto la nostra attenzione a tutti quei soggetti che rivestono un ruolo trainante nel tessuto culturlae e artístico del proprio paese e del contesto in cui si inseriscono, mantenendo al tempo stesso una forte connotazione internazionale. In questa rubrica prendiamo in considerazione tanto gli spazi non profit, le associazioni culturali che operano sul territio con modalità sempre diverse e sperimentali tanto i soggeetti più tradizionali come le gallerie d’arte e i musei.
Oggi pubblichiamo l’intervista alla Galleria d’arte contemporanea Lisboa 20 di Lisbona, la prima di una nuova serie di approfondimenti sulle realtà commerciali più dinamiche e propositive del sistema contemporaneo. Il direttore della Galleria, Miguel Nabinho e il coordinatore dei progetti espositivi Luis silva hann avviato con SuccoAcido un dialogo che approfondiremo nei prosismi articoli, su tematiche quali il rapporto delle gallerie con le istituzioni e con gli altri soggetti culturali e commerciali della città in cui operano.
SA: Vi definite un progetto pionieristico, cosa rappresenta per voi questa definizione? Potete raccontarci come è nato questo spazio e per opera di chi?
LS: La Lisboa 20 è nata come un progetto pioneristico nella misura in cui quando la galleria è stata creata non possedeva un proprio spazio ove realizzare esposizioni. Il progetto è stato avviato da Miguel Nabinho, attuale direttore della Lisboa 20 Arte Contemporanea, il quale lavorava congiuntamente agli artisti al fine di trovare il locale espositivo più adeguato alle opere da esporre. Così, la galleria è nata inizialmente come un concetto, un’idea, e solamente dopo tre anni si è trasformata in uno spazio fisico reale.
A febbraio del 2003 abbiamo aperto uno spazio in Campo de Ourique (Rua Tenente Ferreira Durão n° 18-B) dove siamo riusciti a realizzare mostre e dove abbiamo la nostra raccolta di opere da commercializzare di tutti gli artisti che rappresentiamo .
SA: Descriveteci il vostro spazio espositivo.
LS: La Lisboa 20 è una galleria commerciale che rappresenta un insieme di artisti nazionali e internazionali con i quali lavora in maniera molto ravvicinata, organizzando con loro le mostre personali che hanno luogo nello spazio espositivo. L’idea consiste nel presentare al pubblico di Lisbona una testimonianza rilevante di ciò che si produce attualmente nel campo dell’arte contemporanea, sia localmente che sul piano internazionale. Parallelamente, ci interessa anche l’internazionalizzazione degli artisti portoghesi e, per questo, partecipiamo a fiere internazionali, dove un pubblico specializzato può conoscere il lavoro degli artisti portoghesi.
SA: Considerate la galleria come un soggetto attivo all’interno del contesto cittadino, in che senso esattamente?
La Lisboa 20 è localizzata in un quartiere storico di Lisbona, dove sono situate anche altre gallerie. In tal modo si crea una dinamica per cui le persone percorrono i circuiti culturali che si creano attraverso le sinergie tra i diversi spazi. Inoltre, per quanto riguarda la vendita dei lavori degli artisi, garantiamo loro un certo livello di autonomia finanziaria, fattore indispensabile per il loro successo professionale a media- lunga scadenza. Questo consente lo sviluppo del capitale creativo essenziale per la crescita di Lisbona come città creativa.
SA: Qual è il vostro rapporto con le istituzioni culturali del vostro Paese?
E’ una relazione di grande vicinanza. Le istituzioni espongono gli artisti che rappresentiamo (attraverso l'inserimento in mostre collettive o organizzandone di personali), conferendo loro un grado di visibilità che solo le grandi istituzioni possono ottenere. Noi, come galleria, non possiamo raggiungere un pubblico massificato come i Musei di arte Contemporanea, per esempio. Oltre a far questo, le istituzioni producono e collezionano le opere degli artisti, preservandole per il futuro e permettono inoltre che tanto gli artisti, quanto le gallerie possano portare avanti il proprio lavoro con un supporto maggiore.
SA: In che modo vi rapportate alle nuove generazioni?
I giovani artisti di oggi saranno gli artisti consacrati nel futuro. In quest'ottica noi dobbiamo stare attenti a ciò che passa nel dominio della più emergente produzione artistica contemporanea. Cerchiamo sempre di far sì che la nostra galleria rappresenti, oltre agli artisti affermati e a metà carriera, artisti giovani che devono ancora muovere i primi passi.
SA: E’ presente nella vostra linea curatoriale uno sguardo all’Europa e agli scambi transnazionali e alla promozione degli artisti stranieri nel vostro Paese?
L’Europa ci interessa nella misura in cui, come ho detto prima, tendiamo a far conoscere artisti locali all’estero e, nello stesso tempo, a mostrare artisti internazionali nel nostro contesto locale. Sono questi scambi che definiscono la nostra strategia di affermazione internazionale.
SA: Come considerate lo scambio tra circuiti differenti quali la musica contemporanea, la danza, il video e l’arte visiva? Come si muove la galleria in tal senso?
La galleria abbraccia la transdisciplinarietà. Il programma generale è dedicato all’arte contemporanea, ma organizziamo anche eventi legati al video, alla musica e alla performance.
SA: Ritenete utile, per una galleria, una rete di collaborazioni con altri soggetti culturali come teatri, librerie, biblioteche?
La collaborazioen tra agenti, così come la transdisciplinarietà è una caratteristica del nostro tempo, per questo seguiamo questa direzione. Tutte le collaborazioni con altre entità sono importanti per la nostra attività.
SA: Che rapporto ha la vostra galleria con il luogo fisico in cui si trova? Intendo dire la strada su cui si affaccia e la gente o le attività commerciali che la circondano?
La galleria si trova in un quartiere storico di carattere essenzialmente residenziale. E quindi esistono molte botteghe di quartiere, tipiche. Cafès e spiazzi. C’è sempre molta gente in strada. É un quartiere molto simpatico quello in cui si inserisce la galleria.
SA: Qual è stata la vostra ultima mostra?
L’ultima esposizione che abbiamo organizzato è una personale di Ana Jotta, intitolata 21 artistes pour Demain. Ana Jotta è una delle artiste portoghesi più importanti e rappresentarla in esclusiva è un grande privilegio.
SA: Cos’è il LX 2.0 project?
Nonostante si presenti come un concetto tradizionale nell'area dei nuovi media, il LX 2.0 è un esercizio unico nel panorama artistico nazionale, proponendosi di commissionare, rendere disponibili e archiviare progetti online di artisti che sono riusciti a sviluppare un lavoro sufficientemente rilevante nell'esplorazione di internet come mezzo di espressione.
Attraverso la commissione dei pezzi di net art, idea centrale del progetto, LX 2.0 sta creando gradualmente un database, dove si potranno trovare links per il lavoro degli artisti, esposizioni, piattaforme (siano esse istituzioni specializzate o generiche, pubblicazioni o simili) e letture, in modo da contestualizzare e permettere una fondazione teorica di questo tipo di pratica e del discorso che vi soggiace.
Abbiamo già affidato lavori ad artisti come Santiago Ortiz, Young-Hae Chang Heavy Industries, Carlos Katastrofsky, André Sier and MTAA. La prossima commissione sarà ai Liens Invisibles.
SA: Quali sono i vostri progetti per il futuro?
Continuare a sviluppare una programmazione solida e di qualità e essere ogni volta migliori in ciò che facciamo. Continueremo sempre a superare i nostri obiettivi e superare le nostre aspettative.
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De Dieux /\ SuccoAcido